Como Produzir Serragem em Pelete

MANUAL DE PROCESSAMENTO DE BIOMASSAS FIBROSAS EM PELLET (PELET PELETE)

PELET DE PINUS A ESQUERDA E PELET DE EUCALIPTO A DIREITA

(COMO PRODUZIR SERRAGENS EM PELETS)

PRO. 2020

O QUE É PELETE DE MADEIRA:

OS PELETES DE MADEIRAS SÃO AGLOMERADOS DE SERRAGEM EM FORMATOS DE BASTÃO CILÍNDRICOS DE 6MM DE DIÂMETROS E COMPRIMENTOS VARIADOS ENTRE 5MM ATÉ 40MM.

O QUE FORMA O PELETE DE MADEIRA:

PARA A CONFORMAÇÃO DO PELETE DE MADEIRA É EXTREMAMENTE NECESSÁRIO TER UMA QUANTIDADE MÍNIMA DE LIGNINA PARA PODER CONFORMAR A SERRAGEM NOVAMENTE EM UM AGLOMERADO (PELETE/PELET/PELOTA/PELLET). A LIGNINA É A SUBSTÂNCIA RESPONSÁVEL PARA AGLOMERAÇÃO DO PÓ DE SERRAGEM EM UMA PELOTA DE PELETE. MADEIRAS QUE POSSUEM BAIXA QUANTIDADE DESSA SUBSTANCIA É NECESSÁRIO ADICIONAR AGLUTINANTES PARA AJUDAR NA CONFORMAÇÃO DO PELET DE MADEIRA.

  1. BIOQUÍMICA

Polímero orgânico complexo que une as fibras celulósicas, aumentando a rigidez da parede celular vegetal, constituindo, juntamente com a celulose, a maior parte da madeira das árvores e arbustos; lenhina, lenhose.

COMO REALIZAR A PRODUÇÃO DE PELET DE MADEIRA:

  1. MOAGEM DO MATERIAL (TRANSFORMAR EM SERRAGEM) – MOINHO DE MARTELO
  2. CONTROLAR A UMIDADE – SECADOR
  3. DOSAGEM DO MATERIAL – TRANSPORTADORAS
  4. PELETIZAÇÃO – PELETIZADORA
  5. RESFRIAMENTO – RESFRIADOR

COMO PREPARAR A SERRAGEM DE MADEIRA PARA PELETIZAÇÃO:

PARA CONFORMAÇÃO DO PELET DEVE AJUSTAR AS SEGUINTES VARIÁVEIS NA SERRAGEM DE MADEIRA:

– AQUECIMENTO;

– UMIDADE;

– GRANULOMETRIA

– DOSAGEM.

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– AQUECIMENTO:

O aquecimento do cabeçote da peletizadora é um fator primordial para a formação do pelet de serragem. A estabilização do aquecimento do cabeço peletizador se dará após 40 minutos de produção contínua, chegando em sua capacidade produtiva ao máximo após esse período. Para explorar a capacidade produçãoda peletizadora o operador ajustará a velocidade de dosagem do material no cabeçote peletizador através da rosca transportadora ou esteira dosadora.

O aquecimento com a umidade e a compressão, ativa a lignina da serragem formando o pelet. Mas, o superaquecimento da área de cabeçote peletizador, pode queimar ou gerar fuligens de carvão na matéria prima do pelet, essa situação ocorre devido as seguintes situações:

-Por falta de escoamento da serragem pela matriz, o rolo compactador forçará o moinho peletizador sem parar o motor, causando consequentemente superaquecimento do cabeçote e nos conjuntos de rolos e matriz, com isso, poderá iniciar chamas de combustão e pegar fogo na serragem dentro do cabeçote peletizador.

Tomada de ação: ao perceber superaquecimento na serragem dentro do cabeçote peletizadora, deverá parar a máquina imediatamente, limpar o cabeçote, limpar a matriz com uma broca de 1mm menor que os furos da matriz, ou seja, broca de 5mm e recomeçar nova dosagem de material.

-A falta de fluidez da serragem, poderá danificar o cabeçote ou matriz devido o superaquecimento por essa razão a parada da máquina deve ser IMEDIATA.

Tomada de ação: Deverá parar a máquina de imediato ao perceber a falta de fluidez e saída da serragem, limpar o cabeçote, limpar a matriz com uma broca de 1mm menor que os furos da matriz (broca de 5mm) e recomeçar nova dosagem de material

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– UMIDADE:

NECESSÁRIO A RESPEITAR A UMIDADE PARA CADA TIPO DE SERRAGEM TEM A UMIDADE IDEAL PARA ATIVAÇÃO DA LIGNINA PARA O CONTÍNUO PROCESSAMENTO E FORMAÇÃO DA PELOTA DE PELET E EM ALGUNS SITUAÇÕES É NECESSÁRIO ADICIONAR ALGUM AGLUTINADOR NA QUAL VEREMOS ABAIXO. A NÃO OBSERVAÇÃO DA UMIDADE NO PROCESSAMENTO DA SERRAGEM CAUSA O ESCOAMENTO LIVRE (SAÍDA DE PÓ) OU TRAVAMENTO DA SERRAGEM (BLOQUEIO DO FUROS DA MATRIZ) SEM GERAR A PELOTA DE PELET.

PARA FORMAR A PELOTA DE PELET É NECESSÁRIO PERMANECER A UMIDADE FIXA (SEM VARIAÇÕES) CONFORME O TIPO, ESPÉCIE E ANO DA MADEIRA.

VAMOS TRATAR NESSE ETAPA COMO TRABALHAR COM A UMIDADE DA SERRAGEM PARA FORMAR A PELOTA DE PELET.

UMIDADE PARA A FORMAÇÃO DE PELET DE MADEIRA CONFORME O TIPO DA SERRAGEM:

A FLORA E A FAUNA BRASILEIRA POSSUEM DIVERSAS TIPOS DE MADEIRAS, ALGUMAS DELAS CONSEGUIMOS CATALOGAR PARA FORNECER A INFORMAÇÃO DE COMO PRODUZIR O PELET, SEGUE ABAIXO:

– EUCALIPTO: ADIÇÃO OU REDUÇÃO DE UMIDADE ENTRE 7% – 9% DE UMIDADE

OBS.: O EUCALIPTO POSSUI MAIS DE 730 ESPÉCIES RECONHECIDAS BOTANICAMENTE. POR ESSA RAZÃO PODE OCORRER AJUSTES NA UMIDADE E GRANULOMETRIA OU FALTA DE AGLUTINAÇÃO DEPENDENDO DA ESPÉCIE E ANO DE COLHEITA, POR ESSA RAZÃO PODERÁ TAMBÉM SER NECESSÁRIO A ADIÇÃO DE AGLUTINADORES.

– PINUS: ADIÇÃO OU REDUÇÃO DE UMIDADE ENTRE 12% – 14%

OBS. A MADEIRA DE PINUS POR SER MAIS FRÁGIL PARA COMPRESSÃO E MALEÁVEL, POSSUIR UM TEOR DE LIGANINA IDEAL PARA A COMPRESSÃO. É O MATERIAL MAIS UTILIZADO EM PELETIZAÇÃO DEVIDO SEU O PROCESSO SER MAIS PRODUTIVO, POREM, DEVE RESPEITAR TAMBÉM AS VARIEDADES E IDADE NO PROCESSAMENTO, PODENDO VARIAR AS MEDIDAS DESCRITAS ACIMA, TIPOS DE PINUS RECONHECIDOS: ELLIOTTII; PALUSTRIS; KESIYA; CARIBAEA; SYLVESTRIS; PINASTER.

– MADEIRA DE LEI BIOMA AMAZÔNICO: ADIÇÃO OU REDUÇÃO DE UMIDADE ENTRE 0 – 5%

OBS.: NO DESENVOLVIMENTO DESSE PRODUTO FOI ADICIONADO UM PROPORÇÃO MÍNIMA DE ATÉ 5% DE UM DOS MATERIAIS ABAIXO:

  1. RESÍDUO DE CALCÁRIO (CAULIM) MATERIAL INERTE PARA RAÇÃO ANIMAL;
  2. MATERIAL UTILIZADO CALCÍTICO PARA LAVOURA OU HORTAS;
  3. AMIDO DE MILHO OU FARINHA DE MILHO.

Observações:

Todas as biomassas de madeiras são passiveis de transformação em pelotas, devem respeitar o clima da região, pois a umidade relativa do ar pode modificar a umidade do material, sendo necessária análise contínua para não ocorrer a variação de produtividade das máquinas ou até mesmo a paradas de processos produtivos.

O Aquecimento do equipamento deve se estabilizar em até 40minutos após o início da produção. Poderá ser ajustada a umidade do material para respeitar a umidade de ativação da lignina da madeira para manter a produção de pelotas. A umidade também colabora para a estabilização da temperatura no cabeço peletizador, por essa ração em algumas serragens deve-se elevar a umidade em até 3% para refrigeração do cabeçote peletizador (matriz, rolos, eixos).

COMO REDUZIR A UMIDADE DA SERRAGEM:

                A FORMA PRIMÁRIA DE REDUZIR A UMIDADE DA SERRAGEM É A LUZ SOLAR, ESTE MÉTODO É INEFICIENTE DEVIDO O TEMPO PARA REDUÇÃO QUE PODERÁ VARIAR CONFORME A UMIDADE INICIAL DA SERRAGEM A SER SECA. FORMAS MECANIZADAS PARA REDUÇÃO DA UMIDADE DA SERRAGEM DE MADEIRA SÃO SECADORES ROTATIVOS E SECADORES TUBULARES.

COMO ADICIONAR A UMIDADE NA SERRAGEM:

QUANDO OS SISTEMAS DE SECAGEM MECANIZADOS NÃO POSSUEM UM CONTROLE DE SECAGEM DA SERRAGEM, É POSSÍVEL APÓS A SECAGEM TOTAL DO MATERIAL NO SECADOR ROTATIVO OU NO SECADOR TUBULAR, ADICIONAR UMIDADE NA SERRAGEM DAS SEGUINTES FORMAS:

PRIMEIRO: DOSAGEM POR ASPERSÃO; GOTEJAMENTO OU FIO D’AGUA NA ENTRADA DE MATERIAL NO CABEÇOTE PELETIZADOR (FORMA ECONÔMICA, PRÁTICA, EFICIENTE E VIÁVEL). COMO PROCEDER: COLOCAR UM ASPERSOR DE PULVERIZADOR EM UMA MANGUEIRA (MANGUEIRA DE JARDIM); 1. ROSCAR A MANGUEIRA NA TORNEIRA; 2. FIXAR A MANGUEIRA NA ROSCA ROSADORA OU NA ENTRADA DO CABEÇOTE PELETIZADOR. 3. ABRIR A ÁGUA NA TORNEIRA; 4. DEIXAR A AGUA CAIR SOBRE A SERRAGEM DOSADAMENTE EM POUCA QUANTIDADE. (O CABEÇOTE DA PELETIZADORA ATRAVÉS ROLOS COMPACTADORES REALIZARÁ A MISTURA DA AGUA NA SERRAGEM); 5. REALIZAR A AJUSTAGEM DO FLUXO DE AGUA NA TORNEIRA. 6. INICIAR A MAQUINA PELETIZADORA E A ROSCA TRANSPORTADORA.

OBS.: NÃO PODE ENCHARCAR DE AGUA A SERRAGEM SOMENTE DOSAR O SUFICIENTE PARA ATIVAR A LIGNINA (AGUA MAIS A COMPACTAÇÃO E O AQUECIMENTO DA SERRAGEM PELO CABEÇOTE DA PELETIZADORA GERAM A CONFORMAÇÃO DOS PELETES).

SEGUNDO: ADICIONAR AGUA NO PRÉ-CONDICIONADOR (FORMA ELETRÔNICA, EFICIENTE, NÃO ECONÔMICA DEVE TER O INVESTIMENTO NO SISTEMA) COMO PROCEDER: SOLICITAR O MANUAL DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO.

 TERCEIRO: MISTURADOR RIBON BLENDER (FORMA BAIXA EFICIÊNCIA, NÃO ECONÔMICA DEVE TER O INVESTIMENTO NO EQUIPAMENTO) COMO PROCEDER: SOLICITAR O MANUAL DE OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO.

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– GRANULOMETRIA

                A peletizadora é um moinho compressor de biomassas de serragens com a finalidade de gerar pelotas compactadas denominadas (PELETE/PELET/PELOTA/PELLET). Qualquer processamento produtivo que não corresponde em simplesmente comprimir a biomassa de serragem causará uma dificuldade para o processamento, desviando da sua atividade principal (forma pelota de pelete). Por essa razão, preparar a biomassa de serragem é fundamental para não dificultar o processamento da biomassa e permitir a maquina peletizadora chegar em sua capacidade máxima de geração de pelotas de pellets. Mas para isso, devemos deixar a biomassa de serragem totalmente preparada para a peletizadora.

                A utilização de pequenos cavacos ou maravalhas grossas de madeira não são materiais apropriados para o processamento em máquinas peletizadoras. Apesar de possuir motor de alto torque e a peletizadora ser resistente o suficiente para triturar e moer os pequenos cavacos e maravalhas, a destinação da peletizador não é para este fim. Assim, utilizando esse tipo de granulometria causara danos irreparáveis na peletizadora; redução na produção; paradas de produção ou até travamentos repentinos na máquina peletizadora. Sabendo desses prejuízos devido ao mau uso do equipamento, o correto é utilizar um Moinho de Martelos refinador para deixar a granulometria do material totalmente em pó (serragem). Após a moagem da madeira, preparar o material na sua umidade ideal e enviar dosadamente na peletizadora.

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– DOSAGEM

                O processo produtivo de conformação da pelota esta também basedo na dosagem contínua do material no cabeçote peletizador. Devemos compreender que a compressão da biomassa através da força perimétrica dos rolos e a fluidez sobre os furos da matriz, deve respeitar a contínua fluidez e tempo definido pela peletizadora. A fluidez do material é limitada ao nível de dureza da serragem e da restrição nos furos da matriz. Ao preencher todos os furos da matriz a compressão estará no limite para gerar o pelete, assim, em cada passagem do rolo compressor sobre o material, chegara no limite de fluidez. Por essa razão, o material a ser peletizado (serragem) deve ser dosada sobre o cabeçote peletizador.

                O excesso de material sobre o conjunto de rolos pode ocorrer duas situações:

  1. Embuchamento do furos da matriz: o embuchamento do material sobre a matriz ocorre quando o excesso de material não consegue fluir através dos furos da matriz. Como proceder: fazer a parada imediata da máquina e furar dos os furos da mátriz com borca 1mm menor do que o furo, broca de 5mm.
  2. Calço de travamento: o exagero na dosagem em materiais de alta resistência e dureza como a serragem, pode causar uma pelota logo abaixo do rolo e travar a máquina peletizadora. Como proceder: 1. Se o disjuntor do quadro elétrico não desligar o motor apertar IMEDIATAMENTE o botão de amarelo de segurança; 2. Fazer a limpeza dos calços de serragens abaixo dos rolos; 3. Soltar o conjunto de rolos retirando a pressão sobre a matriz; 4. Retirar o excesso de material; 5. Religar a máquina para limpar a matriz; 6. Reapertar o conjunto de rolos respeitando o material abaixo dos rolos para poder dar o start na máquina sem elevar a amperagem da rede elétrica; 7. Desligar e reapertar o conjunto de rolos até chegar sobre a matriz e limpar por completo o material encrostado sobre a matriz; 8. Por fim reiniciar o processo de produção dosadamente respeitando os limites de amperagem do motor principal da peletizadora.

Devido ao grande bioma na fauna e flora brasileira haverá sempre atualizações, ajustes e melhorias continuas no processo de peletização para geração de pelets. Este manual é um guia com informações práticas para nortear o fabricante na formação do pelet de serragem de madeira, nos ajude a sempre melhorar com mais informações e experiências através do e-mail contato@pelet.com.br

Vr. 05/22

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